TERRAS DO SEM FIM: UM ROMANCE HISTÓRICO DO CACAU
Resumo
O presente artigo pretende discutir, a partir das configurações formais e temáticas específicas, o romance Terras do sem fim, de Jorge Amado, publicado em 1943, observando os elementos e os caracteres que marcaram a formação sul baiana e, por extensão, o Brasil contemporâneo ao autor, de modo a perceber uma possível realização de um “romance histórico do cacau”. Para tanto, tomaremos como pressupostos teóricos-metodológicos pensadores como o húngaro György Lukács (2011; 2009) e os brasileiros Antonio Candido (1992) e Caio Prado Jr. (2004), entre outros.Referências
AMADO, Jorge. Terras do sem fim. São Paulo: Martins, s/d.
BRANDÃO, Octávio. Agrarismo e industrialismo: ensaio marxista-leninista sobre a revolta de São Paulo e a guerra de classes no Brasil – 1924. 2 ed. São Paulo: Anita Garibaldi, 2006.
CANDIDO, Antonio. Poesia, documento e história. In: ________. Brigada ligeira e outros escritos. São Paulo: Editora Unesp, 1992. p. 41-55.
CHAUI, Marilena. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Perseu Abramo, 2001.
LUKÁCS, György. O romance histórico. Tradução de Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2011.
________. O romance como epopeia burguesa. In: ________. Arte e sociedade: escritos estéticos 1932-1967. Tradução de Carlos Nelson Coutinho e José Paulo Netto. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009. p. 193-241.
________. Introdução aos escritos estéticos de Marx e Engels. In: ________. Ensaios sobre literatura. Tradução de Leandro Konder. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. p. 13-45.
PRADO JR., Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 2004.
________. Evolução política do Brasil e outros estudos. 9. ed. São Paulo: Brasiliense, 1975.
SOUSA, Antônio Pereira. Tensões do tempo: a saga do cacau na ficção de Jorge Amado. Ilhéus: Editus, 2001.
WATT, Ian. A ascensão do Romance. Tradução de Hildegard Feist. São Paulo: Cia. das Letras, 1990. p. 11-33.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à Revista EIXO o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma licença Creative Commons Attribution License até 5 anos após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).