EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS TRABALHADORES: EFETIVAÇÃO DAS POLÍTICAS DE GOTEJAMENTO

  • Adriana de Almeida

Resumo

O artigo apresenta o contexto das ações e programas focais voltados à modalidade Educação de Jovens e Adultos no Brasil como reflexo de uma Política Educacional pauperizada. Objetiva-se refletir, criticamente, sobre os significados e as incorporações desses programas nas instituições escolares. Os aportes metodológicos utilizados priorizaram a natureza qualitativa da pesquisa. Para tanto, foram realizados três grupos focais com jovens e adultos que concluíram cursos técnicos do Proeja, no Estado do Paraná. Concluiu-se que a formação recebida por eles concretiza as chamadas políticas de gotejamento, que fragilizam a educação de jovens e adultos trabalhadores no Brasil, em uma combinação funcional das desigualdades.

Referências

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução de Michel Lahub e Yara Frateschi Vieira. 16. ed. São Paulo: Hucitec, 2014.

BRASIL. Conselho Nacional da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação. Lei n.º 9.394, 1996.

______. CNE/CEB. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Parecer CEB n.º 11/2000, 2000.

DEBIASIO, F. J. M. Acesso, permanência e evasão nos cursos do Proeja em instituições de ensino de Curitiba-PR (Dissertação). Mestrado em Tecnologia, UTFPR, Curitiba, 2010.

DEMIER, F. Do movimento operário para a universidade: Leon Trotsky e os estudos sobre o populismo brasileiro (Dissertação). Mestrado em História, UFF, Niterói, 2008.

FÁVERO, O. Políticas públicas de educação de jovens e adultos no Brasil. In: J. SOUZA e S.R. SALES (Orgs.). Educação de jovens e adultos: políticas e práticas educativas. Rio de Janeiro: NAU, 2011, p. 29-48.

FERNANDES, F. A Revolução Burguesa no Brasil. Ensaio de interpretação sociológica. São Paulo: Globo, 2006.

FONTES, V. O Brasil e o capital-imperialismo: teoria e história. 2. ed. Rio de Janeiro: EDUFRJ, 2010.

GRAMSCI, A. Apontamentos e notas esparsas para um grupo de ensaios sobre a história dos intelectuais. O princípio educativo. Caderno 12. In: A. GRAMSCI Cadernos do Cárcere. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, p. 13-54.

GRAMSCI, A. Os intelectuais e a organização da cultura. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. 8. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989.

JORGE, C. M. Sentidos da educação atribuídos por egressos do Proeja no Paraná (Tese).

EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS TRABALHADORES: EFETIVAÇÃO DAS POLÍTICAS DE GOTEJAMENTO

REVISTA EIXO, Brasília/DF, v. 5, n. 3, dezembro de 2016

Doutorado em Educação, UFPR, Curitiba, 2014.

KOSÍK, K. Dialética do concreto. 9. ed. Tradução de Célia Neves e Alderico Toríbio. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

OLIVEIRA, F. Crítica à razão dualista: o ornitorrinco. São Paulo: Boitempo, 2003.

RUMMERT, S. M. A educação de jovens e adultos trabalhadores brasileiros no século XXI: o “novo” que reitera a antiga destituição de direitos. Sísifo Revista de Ciências da Educação, v. 2, jan./abr., 2008, p. 35-50.

RUMMERT, S. M.; VENTURA, J. P. Políticas Públicas para educação de jovens e adultos no Brasil: a permanente (re)construção da subalternidade – considerações sobre os Programas Brasil Alfabetizado e Fazendo Escola. Revista Educar, Curitiba, v. 29, n. 4, 2007, p. 29-45.

RUMMERT, S. M.; ALGEBAILE, E., VENTURA, J. Educação, formação humana no cenário de integração subalterna no capital-imperialismo. Revista Brasileira de Educação, v. 3, n. 4, jul./set., 2013, p. 18-54.

SANTOS, A. R.; VIANA, D. Educação de jovens e adultos: uma análise das políticas públicas. In: L. Soares (Org.). Educação de jovens e adultos: o que revelam as pesquisas. Belo Horizonte: Autêntica, 2011, p. 83-114.

SOARES, L. As políticas de EJA e as necessidades de aprendizagem dos jovens e adultos. In: V. M. RIBEIRO (Org.). Educação de jovens e adultos: novos leitores, novas leituras. São Paulo: Mercado de Letras, 2001, p. 201-223.

Publicado
2017-01-31
Como Citar
Almeida, A. de. (2017). EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS TRABALHADORES: EFETIVAÇÃO DAS POLÍTICAS DE GOTEJAMENTO. REVISTA EIXO, 5(3), 48-61. https://doi.org/10.19123/eixo.v5i3.396