ESTÉTICA DO CABELO AFRO: SALÃO BELEZA COMO UMA FORMA DE IDENTIDADE NA COMUNIDADE DE SÃO SEBASTIÃO/DF

  • Diene Ellen Tavares Silva
  • Katheleen Cristine Souza Borges de Jesus

Résumé

Este trabalho traz os resultados do projeto de pesquisa de PIBICEM:Estética do Cabelo Afro: Salão de beleza como uma forma de identidadena comunidade de São Sebastião/DF, realizado entre agosto de 2016 e agosto de 2017, que teve como objetivo geral investigar a questão da identidade negra na R.A. de São Sebastião, a partir da estética do cabelo afro. Falar de estética negra é falar de identidade, de beleza negra, de cultura e de maquiagens corporais. Trabalhar e afirmar a estética afro brasileira é dialogar com o corpo dos sujeitos como forma de poder e reconhecimento, enfatizando o orgulho de pertencimento. Logo, representa um caminho onde nenhuma ditadura capilar tome espaço, proporcionando assim a liberdade das estéticas capilares. Assim, é necessário dialogar com a questão da identidade e como essa categoria de análise é importante para reconhecer as questões étnico-raciais, valorizar e empoderar uma população historicamente discriminada, visto o processo de desenvolvimento emergente do país e da inserção de sujeitos historicamente excluídos nos espaços públicos.

Références

BOTEZINI, N. A. Cabelos em transição: um estudo acerca da

influência dos cabelos afro como sinal diacrítico e reconhecimento

étnico. In: 38o Encontro Anual da Anpocs, em Caxambu/

MG, 2014.

CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. Identidade, etnia e estrutura

social. Pioneira: São Paulo, 1976.

FERNANDES, Florestan. O negro no mundo dos brancos.

São Paulo, Difel, 1972.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social.

São Paulo, Atlas, 1987.

GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades.

Revista de Administração de Empresas, São Paulo,

v. 35, n. 2, p. 57-63, mar./abr. 1995.

GOMES, Nilma Lino. Educação, identidade negra e formação

de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo

crespo. Educação e Pesquisa, v. 29, n. 1, p. 167-182, 2003.

______. Cultura negra e educação. In: Revista Brasileira de

Educação, 2003, p. 75-85.

______.Trajetórias escolares, corpo negro e cabelo crespo: reprodução

de estereótipos ou ressignificação cultural? Revista

Brasileira de Educação, set./out./nov./dez., 2002, n. 21, 2006.

GUIMARÃES, Antonio S.; HUNTLEY, Lynn. (org.) Tirando

a máscara: ensaios sobre o racismo no Brasil. Rio de Janeiro:

Paz e Terra, 2000.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade.

ed., Rio de Janeiro: DP&A, 2005.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (2002). Juventude,

Violência e Vulnerabilidade Social na América Latina: Desafios

para Políticas Públicas, Brasil. Acessado em 25/04.2016.

PANTOJA, Selma. (Org.). Entre Áfricas e Brasis. Brasília,

Paralelo 15, 2001.

SCOTT, Joan.W. Gênero: uma categoria útil de análise

histórica. Educação e Realidade. Porto Alegre. UFRGS.1990.

SPINK, Peter Kevin. Pesquisa de campo em psicologia social:

uma perspectiva pós construcionista. Psicol. Soc., Porto

Alegre, v. 15, n. 2, dez. 2003

Teixeira, E. (2005). As três metodologias. (Vol. 1). Petrópolis,

RJ: Vozes.

Publiée
2017-11-28
Comment citer
Tavares Silva, D. E., & Souza Borges de Jesus, K. C. (2017). ESTÉTICA DO CABELO AFRO: SALÃO BELEZA COMO UMA FORMA DE IDENTIDADE NA COMUNIDADE DE SÃO SEBASTIÃO/DF. REVISTA EIXO, 6(2), 77-82. https://doi.org/10.19123/eixo.v6i2.518