México e Brasil: conformações civilizatórias de similar substrato de supressão e negação dos povos indígenas

  • Antonio Gomes da Costa Neto UnB
  • Meire Cristina Cabral de Araújo Silva UnB

Resumo

A proposição central deste ensaio é estabelecer pontos de confluência entre a conformação identitária nacional do México e do Brasil, reconhecendo que na estruturação de ambos subjaz semelhante fundamento de negação e supressão dos povos indígenas, demarcados pela coloniedade, cujo resultado é a mitigação destes como sujeitos políticos. Para isto, a pesquisa se concentra nas ponderações efetuadas por Guilhermo Bonfil Batalla, na obra México profundo: uma civilização negada.  Busca-se extrair, desta produção, a colocação do indígena quando da consolidação da nação mexicana, correlacionando-a às densificações ocorridas quando da formação nacional brasileira.

Biografia do Autor

Antonio Gomes da Costa Neto, UnB
Mestre em educação
Meire Cristina Cabral de Araújo Silva, UnB
Mestranda em Ciências Sociais

Referências

BONFIL BATALLA, Guillermo. “Segunda Parte”. México profundo: Una civilización negada. México: Debolsillo, 2006 [1987].

BOURDÉ, Guy e MARTIN, Hervé. As Escolas Históricas. Lisboa: Editora Europa-América, 2000.

CALDAS, José. Retratos do Brasil Profundo. São Paulo: Editoras Olhares, 2010.

CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO. Amazônia Revelada: os descaminhos ao longo da BR-163. Org. Maurício Torres. Brasília: CNPq, 2005. 496 p.

COSTA, Manoel Fernandes. O descobrimento da América e o Tratado de Tordesilhas. Instituto de Cultura Portuguesa Secretaria de Estado da Cultura Ministério da Cultura e da Ciência. Biblioteca Breve / Volume 46. 1ª edição ― 1979

GUHA, Ranajit; SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Selected Subaltern Studies. New York. Oxford University Press, 1988

KOSELLECK, Reinhart. Futuro Passado: uma contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC/Rio, 2006.

____. Futuro passado: contribuição a uma semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.

PORTELA, Cristiane de Assis. Para além do caráter ou qualidade de indígena: uma história do conceito de indigenismo no Brasil. 273 fl. Doutorado em História. Universidade de Brasília. Brasília, 2011.

RAMOS, Alcida Rita. Indigenism: Ethnic Politics in Brazil. Madison, Wisconsin: The University of Wisconsin Press. 1998, 336 pp.

RIBEIRO, Darcy. “Prefácio”; “Primeira Parte. A civilização ocidental e nós”. As Américas e a Civilização: Formação Histórica e Causas do Desenvolvimento Desigual dos Povos Americanos. 4ª edição. Petrópolis: Vozes, 1983.

SCHNEIDER, Alberto Luiz. Silvio Romero, hermeneuta do Brasil. São Paulo: Annablume, 2005.

SOUZA FILHO, Carlos Frederico Marés de, 2003, “Multiculturalismo e direitos coletivos”, em Boaventura de Sousa Santos (org.), Reconhecer para Libertar: Os Caminhos do Cosmopolitismo Multicultural. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 71-110.

Publicado
2017-01-31
Como Citar
Neto, A. G. da C., & Silva, M. C. C. de A. (2017). México e Brasil: conformações civilizatórias de similar substrato de supressão e negação dos povos indígenas. REVISTA EIXO, 5(2). https://doi.org/10.19123/eixo.v5i2.313
Seção
DOSSIÊ 1

##plugins.generic.recommendByAuthor.heading##